Quem algum dia poderia imaginar que as tecnologias presentes nos filmes de ficção científica poderiam estar mais próximas do que nunca?
Está sem tempo para ler o conteúdo? Gostaria de poder acompanhá-lo enquanto dirige, caminha ou realiza outra atividade? Então não perca tempo e ouça este artigo na íntegra. Basta clicar no play! Agradecemos o seu feedback nos comentários. 🙂
O metaverso já começa a ser realidade. A sua proposta altamente disruptiva pretende mudar o conceito de experiência que vivemos hoje. E tudo começa assim: primeiro, impactando o consumidor final, para então se tornar presente nos negócios B2B.
Foi o que aconteceu com os e-commerces. Com o sucesso das lojas virtuais no segmento B2C, as empresas notaram um grande potencial de vendas B2B nesse mesmo ambiente.
Agora, com relações cada vez mais digitalizadas, é possível aderir a essa tecnologia por meio de plataformas dedicadas a oferecer um ambiente exclusivo para relações comerciais entre empresas.
O mundo virtual do metaverso já começa a dar seus primeiros passos, com foco em experiências imersivas para o consumidor final. As pessoas terão a oportunidade de desfrutar de uma vivência única nos games, nas compras e diversos tipos de eventos sem precisar sair de casa. Tudo graças à realidade aumentada do metaverso.
Mas, como ficam as vendas no metaverso no segmento B2B? Quais impactos podemos esperar dessa nova tecnologia? Será que ela se adequa a todos os modelos de negócios? Vamos discutir isso neste artigo. Continue a leitura!
O que é metaverso?
Muito se fala sobre o metaverso. Mas, afinal, o que é isso?
Ao contrário do que se pensa, não foi a Meta (antigo Facebook) que cunhou o termo metaverso. Ele foi usado pela primeira vez por Neal Stephenson, em 1992, em sua obra Snow Cash.
Na ficção científica Snow Cash, as pessoas utilizam avatares digitais para navegar em um universo paralelo por meio da realidade virtual, utilizando fones de ouvido e óculos apropriados para isso. Agora, reflita. Essa obra foi publicada nos anos 90. Quem, nessa época, poderia prever que, décadas mais tarde, isso poderia se tornar realidade?
Os diretores do Facebook viram isso como uma nova proposta de interação social. Esse se tornou o objetivo principal da organização, a ponto de mudar o nome da controladora para Meta.
A empresa já investiu bilhões para viabilizar o projeto do metaverso. Por meio das tecnologias de realidade virtual e aumentada, as pessoas poderão jogar, comprar, aprender, consumir, ir a eventos e trabalhar sem sair de casa. Na verdade, dentro do metaverso, parece não haver limites de possibilidades de experiências.
Confira este vídeo de apresentação do Metaverso, pela Meta:
[Para ativar as legendas, clique no ícone de engrenagem e depois em legendas CC; a seguir, clique em Inglês e, sem sair deste menu, em traduzir automaticamente; depois selecione Português no novo menu que vai aparecer e clique fora do menu geral para iniciar].
Como o metaverso se difere da tecnologia de realidade aumentada que já conhecemos?
Você pode estar pensando: “mas nós já convivemos com algumas tecnologia similares. Qual seria a nova proposta do metaverso?”
A palavra-chave do metaverso é imersão, a sensação de presença. É este o nível de experiência que esse universo pretende proporcionar. No metaverso, você poderá fazer tudo o que imaginar, de uma maneira muito mais profunda do que conhecemos hoje.
E mais: este será um ambiente altamente personalizado para cada indivíduo, o que pretende revolucionar a experiência de compra dos consumidores.
As lojas físicas, por mais elaboradas que sejam, ainda possuem essa limitação. Elas são únicas, para todo o público. Também contam com alguns imprevistos: pode haver manutenções em determinado espaço, vendedores que não estão disponíveis para atender, ou grande volume de pessoas no mesmo ambiente.
Agora, com o metaverso, as lojas estão imunes a esse tipo de ocorrência. Elas poderão promover uma experiência de compra única, hiper personalizada, da maneira que o consumidor quiser, quando ele quiser.
Já existem marcas utilizando o metaverso?
O que parecia utópico, está cada vez mais próximo.
Muitas empresas já estão investindo em interações em plataformas virtuais. Marcas de vestuário já estão presentes nos ambientes digitais, para além dos e-commerces, como:
- Nike;
- Ralph Lauren;
- Vans;
- Gucci;
- Balenciaga;
- Burberry.
Assista ao vídeo para entender melhor a aplicação do metaverso no nosso dia a dia:
Quem estava com saudade de ir às lojas físicas para ter um melhor atendimento ou experimentar um produto? Com as vendas no metaverso, essas experiências mais “tradicionais” serão as mais básicas que poderão oferecer.
Dentro desse universo, essas marcas também estão revolucionando as estratégias de marketing. A Balenciaga, por exemplo, foi a primeira marca de luxo a fechar uma parceria com um game, o Fortnite, para sua coleção servir como skin e acessório para os avatares dos jogadores.
O Itaú é um exemplo de instituição bancária que também está investindo no metaverso. Com seu “banco no metaverso”, os clientes poderão conversar e resolver questões com seus gerentes sem precisar sair de casa. O desânimo em lidar com esse tipo de burocracia deve ser reduzido nesse mundo em construção.
Muito além dos produtos
As vendas no metaverso são realmente disruptivas. Mas este universo vai além!
A Lojas Renner S.A. inovou a maneira de reforçar sua cultura corporativa. Utilizando a tecnologia do metaverso, a marca foi capaz de reunir 5.000 líderes dos países opera para uma reunião global para alinhar seu planejamento estratégico e reforçar a cultura da organização.
Repare como isso vai além das vendas no metaverso. É possível garantir sinergia entre as operações das lojas do mundo todo, tornando sua cultura universal. Dessa forma, quem compra produtos Renner no Brasil, terá a mesma experiência de compra na Argentina, ou em Bangladesh.
À vista disso, é possível criar um relacionamento mais próximo com o cliente e colher insights valiosos sobre essa experiência por todo o mundo, o que deixará o processo de compra e as estratégias ainda mais ricas.
Estratégias de vendas B2B no metaverso
Como você pôde perceber, as vendas no metaverso vão além das trocas comerciais. Isso quer dizer que há espaço para estratégias B2B que transformam o processo de venda de uma organização.
Por outro lado, é importante reforçar: os criadores do Metaverso já deixaram claro que seu foco principal é atender o usuário final. Por essa razão, ainda não existem projetos muito concretos para o B2B, apenas algumas experimentações.
Isso é natural para uma tecnologia que desponta, mas não significa que não devemos começar a refletir sobre seus impactos nesse segmento. Afinal, a velocidade em que esse projeto está se materializando é realmente impressionante.
Tudo indica que não será nada como a transformação digital. No seu início, muitas empresas foram resistentes ao uso da internet e de plataformas digitais em sua operação. Ainda hoje, existem empresas que não contam com softwares de gestão como CRMs ou ERPs em suas atividades, mas sofrem com os resultados dessa escolha.
A agilidade em que as empresas conseguem se adaptar aos novos cenários é determinante para o seu sucesso. Essa é a alma da estratégia adaptativa. Por isso, nunca é tarde para começarmos a discutir as possíveis estratégias de vendas B2B no metaverso.
Um novo canal de vendas e atendimento
As vendas externas foram uma questão para as empresas que a praticam. Apesar do uso das vendas por videoconferência, muitos vendedores sentiam que os contatos já não eram o mesmo e isso poderia estar sendo uma questão para as conversões em vendas.
As vendas no metaverso tendem a sanar, de uma vez por todas, essa questão. Os vendedores poderão visitar seus clientes “presencialmente”, por meio dos seus avatares, para fazer reuniões e prestando atendimento de forma personalizada.
Imagine ser acionado por seu cliente e, em poucos segundos, estar lá, junto a ele, para ajudar no que for preciso. Veja como isso impacta na experiência de compra do cliente!
Em contrapartida, isso deve tornar a abordagem ainda mais assertiva, visto que a concorrência será pesada, com a mesma capacidade de personalização. Portanto, já devemos começar a pensar em como tornar esse contato um diferencial e enfrentar uma concorrência cada vez mais agressiva.
Veja 7 dicas de sucesso para uma abordagem de vendas:
Eventos imersivos
Dos webinars à experiências de demonstração realmente imersivas. As estratégias de vendas no metaverso podem proporcionar eventos de demonstração de produto verdadeiramente surpreendentes.
É realmente muito trabalhoso promover um evento presencial com uma alta entrega de experiência. São muitos os fatores que interferem no sucesso de um evento dessa proporção.
Dentro do metaverso, será possível construir eventos de lançamento, de demonstração de produtos, rodadas com investidores e confraternizações completamente diferenciadas, sem todas as burocracias envolvidas fora do virtual.
Além disso, um evento como este pode ter um alcance muito maior, visto que seus clientes poderão comparecer ao seu evento de onde estiver e viver uma experiência única. Diante disso, sair fora da caixa para criar os eventos será uma tática muito bem-vinda e poderá atrair oportunidades de negócio realmente valiosas.
Inovando o formato de trabalho
Nem híbrido, nem remoto e nem presencial. O ambiente de trabalho no metaverso abre um leque de oportunidades para o trabalho.
Você poderá permanecer no seu escritório, ou tomar um café com um colega quando quiser. As barreiras são poucas, e será viável optar pelo formato que mais se adequar à sua preferência. A alta flexibilização do trabalho é uma pauta.
O contato com os colegas de trabalho gerou uma certa saudade do modelo presencial das pessoas que começaram a atuar por home office. Apesar de canais de mensagens instantâneas e de videoconferências, as relações simplesmente não eram as mesmas.
O melhor dos dois mundo está aqui. A oportunidade de ter talentos do mundo todo em sua equipe e conseguir integrá-los de maneira mais próxima pode ser um grande estimulador para a colaboração entre o time para atingir os resultados esperados.
Em vista disso, as táticas de vendas no metaverso tendem a ser mais alinhadas e muito mais estratégicas. Os vendedores poderão trocar vivências e abordagens, realizar dinâmicas de vendas em grupo e fazer networking como no presencial, mas no conforto de sua casa.
O que ainda há de prioridade antes de investir no metaverso?
Como mencionamos, o metaverso está tendo um avanço mais acelerado com grandes marcas de consumo.
Mas e as PMEs B2B? O que devem fazer?
É preciso lembrar que estamos saindo de um período de crise global que impactou principalmente as pequenas e médias empresas. Logo, para manter a saúde dos negócios, precisamos focar na manutenção daquilo que foi fragilizado.
Se seu negócio conseguiu se manter estável ou já se recuperou da crise, ótimo! Mas é preciso focar em tendências mais urgentes no momento, antes de focar nas vendas no metaverso.
A comunicação com o cliente, por exemplo, está demandando muito das organizações. A estratégia omnichannel integra diferentes canais de comunicação e divulgação, aproximando o cliente e mantendo um contato mais acessível; uma metodologia que tem sido determinante para os índices de satisfação do cliente em sua jornada de compra.
As vendas baseadas em dados também já estão batendo na porta das empresas. O achismo já não dá mais resultado. É necessário estudar e analisar dados para tornar as estratégias de vendas mais assertivas. Para isso, plataformas como CRM se tornam cruciais neste processo.
Sua empresa já conta com uma plataforma de CRM na gestão comercial? Caso sua resposta seja negativa, é melhor ir atrás disso.
Conheça a plataforma de gestão comercial do Agendor:
Apesar de existirem outras prioridades, lembre-se: os negócios de sucesso sabem se adaptar às mudanças. Por isso, é fundamental continuar acompanhando as notícias e tendências das vendas no metaverso para não ser pego de surpresa!
Uma das prioridades para a gestão de vendas é elaborar e revisar o processo comercial. Saiba como fazer isso com este Guia: como elaborar um processo de vendas e suas etapas!