Imagine uma grande empresa de sucesso e pense em sua liderança. Quem você visualiza como CEO? Um homem ou uma mulher? Pode acreditar, poucas pessoas pensariam em uma liderança feminina.
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Esse pensamento é apenas um reflexo do que vemos hoje no mercado corporativo, em que a presença das mulheres em cargos de gestão ainda caminha a passos curtos. Ao menos, é o que mostram os dados sobre liderança feminina.
Em 2019, somente 37,4% dos cargos gerenciais eram ocupados por mulheres, segundo as Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E em algumas áreas, podemos perceber essa diferença de forma ainda mais significativa.
No setor de tecnologia, por exemplo, apesar de representarem 39% da força de trabalho, a liderança feminina só está presente em 9% das empresas, de acordo com dados desse relatório do Boston Consulting Group.
E não para por aí. As startups, que vêm ocupando posição de destaque no mercado corporativo nos últimos anos, apesar de serem consideradas dentro de um modelo de negócio moderno, não ficam de fora.
Segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Startups, das 13 mil empresas mapeadas até o momento, somente 15,7% das startups são de liderança feminina no Brasil.
Já no empreendedorismo, saída que muitas mulheres encontraram para exercer cargos de gestão, os dados sobre liderança feminina continuam baixos: segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, somente 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios próprios.
Esses dados, apesar de impressionantes, não causam assim tanta surpresa: quando o assunto é liderança feminina no mundo corporativo, ainda há muito o que progredir.
Por isso, hoje vamos apresentar tudo o que você precisa saber sobre este cenário para que, ao fim do artigo, você entenda a importância da liderança feminina e, quem sabe, se sinta mais inspirada para conquistar o seu espaço no topo das hierarquias empresariais. E, caso seja homem, para que contribua de forma ativa para essa transformação!
Qual a importância da liderança feminina no mundo corporativo?
Apesar de parecer simples responder qual a importância de mulheres ocuparem posições de poder, quando falamos em um ambiente que possui predominância masculina, essa pode ser uma tarefa complexa.
Isso porque, apesar de possuírem um nível educacional mais alto e trabalharem mais horas semanais, segundo informações do IBGE, elas ainda recebem menos e ocupam menos cargos de gestão.
No entanto, somente o fato de serem mais instruídas e preparadas já deveria ser motivo para que essa realidade fosse revista, certo?
Além disso, também devemos considerar que existem muitos setores em que as decisões de consumo são tomadas quase integralmente por mulheres, como as indústrias de moda e beleza.
Ainda assim, muitas vezes a liderança feminina dentro dessas empresas não é correspondente à realidade externa.
Segundo um relatório da Connect Americas, a comunidade empresarial das Américas, as maiores vantagens de ter uma liderança feminina nas empresas são:
- presença e desenvolvimento de inteligência emocional;
- maior atenção aos detalhes;
- liderança mais inclusiva e participativa;
- maior adaptação a mudanças e capacidade de gestão de crises;
- entre outros.
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Quais os principais desafios para a liderança feminina no Brasil?
Agora que você está por dentro da realidade da liderança feminina no Brasil e conhece as vantagens que ter mulheres em cargos de poder nas organizações pode trazer, deve estar se questionando porque elas ainda são minoria no mercado corporativo.
Pois bem, chegou a hora de falarmos dos desafios enfrentados por mulheres na ascensão para cargos de hierarquia mais alta.
Algumas questões sociais dificultam não apenas a existência de uma liderança feminina nas empresas, mas em níveis mais baixos, como a inclusão de mulheres no mercado de trabalho.
Isso tem, sobretudo, relação com a cultura enraizada na sociedade de que atividades da casa ou o cuidado com a família são aspectos pertinentes apenas a mulheres.
Já no âmbito profissional, podemos elencar as seguintes dificuldades enfrentadas por elas:
- preconceito e desvalorização;
- falta de representatividade;
- escassez de oportunidades;
- síndrome da impostora;
- desigualdade salarial;
- estilo de liderança;
- entre outros desafios do ambiente corporativo.
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Exemplos de lideranças femininas para se inspirar
Luiza Helena Trajano
Se existe um nome muito citado quando falamos em liderança feminina no Brasil é o de Luiza Helena Trajano.
Com razão: Luiza, que começou a trabalhar aos 12 anos, foi a responsável pela consolidação de uma das maiores redes de varejo brasileira, a Magalu.
Hoje, a empresa é um dos maiores e-commerces do Brasil e possui mais de mil lojas físicas espalhadas por todo o país.
Além disso, Luiza se dedica a muitas iniciativas de fomento ao empreendedorismo feminino!
Ela é ou não é uma empreendedora inspiradora? Se você está precisando de um estímulo para sua carreira, vale a pena conhecer a trajetória dessa grande mulher.
Cristina Junqueira
Você certamente conhece o Nubank, certo? Mas você sabia que existe uma liderança feminina muito forte na empresa?
Estamos falando de Cristina Junqueira, a brasileira que junto a mais dois sócios fundou o que é hoje o maior banco digital independente do mundo.
Desde então, Cristina participou de marcos relevantes quando falamos em mulheres em cargos de liderança no Brasil e no mundo:
- primeira mulher a aparecer grávida na capa de uma revista de negócios, a Forbes;
- única brasileira reconhecida na lista Fortune 40 under 40 da edição de 2020;
- em 2021, conquistou a segunda posição no ranking de mulheres mais relevantes no universo das fintechs, segundo a revista britânica FinTech Magazine.
São muitos os marcos de reconhecimentos e conquistas que tornam Cristina uma grande inspiração para mulheres no mercado de trabalho.
Tânia Cosentino
Para fechar nossa lista de mulheres em cargos de liderança feminina, agora temos Tânia Cosentino, a presidente da Microsoft no Brasil.
Com mais de 35 anos de carreira, a trajetória de Tânia em papéis de liderança começou na multinacional francesa Schneider Electric, onde atuou durante quase duas décadas em diferentes cargos.
Em 2009, Tânia se tornou presidente da subsidiária brasileira, a primeira mulher a ocupar a presidência brasileira. Logo depois, se tornou presidente da América do Sul.
E não parou mais: Tânia se tornou a presidente da Microsoft. Incrível, não é? Além disso, Tânia também faz parte do programa de igualdade de gênero HeForShe da Organização das Nações Unidas (ONU).
Certamente, uma carreira inspiradora para mostrar que, com oportunidades, a liderança feminina no mundo corporativo pode trazer muitos ganhos.
No vídeo abaixo, você pode conferir uma entrevista com Tânia Cosentino sobre a presença de mulheres nas organizações:
Por mais mulheres em espaços de liderança!
Se você já atua em um cargo de liderança feminina ou se possui muitas mulheres no quadro de funcionários da sua empresa, depois desse conteúdo deu para entender a importância de incentivá-las e abrir espaço para elas, certo?
Então, agora confira nosso conteúdo “Frases de liderança feminina: inspire-se nas palavras de grandes mulheres de sucesso” e veja algumas falas de grandes líderes femininas que podem inspirar as colaboradoras da sua equipe.
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